A Educomunicação a serviço de um Plano de Educação para os Direitos Humanos

Resumo

O artigo apresenta o paradigma educomunicativo como um caminho facilitador para a compreensão e a prática dos direitos humanos. Para tanto, relaciona exemplos de ações coordenadas na interface educação/mídia voltadas para a cidadania, no Brasil e na América Latina, com reconhecidas contribuições para a construção de valores, a superação de preconceitos e o desenvolvimento de hábitos de respeito frente ao diferente, com forte poder mobilizador de lideranças jovens. Propõe, ao final, que a própria comunicação seja, em si mesma, reconhecida como um dos direitos fundamentais a serem implementados nos espaços da educação formal e não formal, garantindo, em consequência, às novas gerações, desde a infância, o acesso a experiências de uso dos recursos de informação e expressão a serviço de aprendizagens significativas sobre as múltiplas esferas de conhecimento e ação inerentes a um programa de educação para os direitos humanos, como o que esperamos seja construído para o Estado de São Paulo.

Este artigo do professor Ismar de Oliveira Soares foi escrito especialmente para o Eixo Educomunicação, Educação e Mídia do 2º Encontro de trabalho para a elaboração do Plano Estadual de Educação em Direitos Humanos de São Paulo, em 11 de março de 2017, na Defensoria Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

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Ismar de Oliveira Soares é Presidente da ABPEducom – Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais da Educomunicação, <www.abpeducom.org.br>. Professor da Licenciatura em Educomunicação da ECA/USP <www.cca.eca.usp.br>; Fundador do Núcleo de Comunicação e Educação – NCE-USP; Jornalista responsável pela Revista Comunicação & Educação do CCA-ECA/USP; membro do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional (2016-2017).